Exposição do artista angolano reflete sobre a memória histórica do passado colonial em Angola. Poderá ser visitada de 7 de junho a 15 de novembro nas antigas piscinas de São Paulo, em Almada Velha.
É já a partir deste sábado, 7 de junho, e até ao mês de novembro, que as antigas piscinas de São Paulo, em Almada Velha, reabrem para receber uma das exposições do ano em Almada.”O Som é o Monumento”, do artista angolano Kiluanji Kia Henda, convida o público a refletir sobre a memória histórica e o poder simbólico da música como resistência cultural.
No centro do projeto está o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, erguido em Luanda em 1937 e dinamitado em 1976, um ano após a independência de Angola. A partir de imagens documentais dos fragmentos da estátua e dos soldados que participaram na sua destruição, Kiluanji cria colagens digitais que simulam cartazes de bandas fictícias. Esses posters, impressos em escala monumental, revestem as paredes da antiga piscina.
O horário de visita é de quinta-feira a sábado, entre as 14h e as 18h. As piscinas localizam-se na Rua Leonel Duarte Ferreira, 4, junto à Casa da Cerca.
No espaço central da piscina principal, o artista instalou a peça que dá nome à exposição: um plinto geométrico que, em vez de suportar uma escultura, funciona como caixa de som. Dali ecoa um repertório de música angolana que constrói uma contranarrativa sonora ao passado colonial, afirmando o papel da música como instrumento de memória, identidade e insurgência.