Mostra de Teatro assinala 25 anos com mais de três dezenas de espectáculos e outras atividades.
A 25ª Mostra de Teatro de Almada tem palco na cidade de 29 de outubro a 28 de novembro. O evento regressa com 31 peças representadas por 25 grupos de Almada, Seixal, Lisboa e Cascais, em dez espaços culturais da cidade de Almada.
Este ano, a Mostra conta com uma conversa sobre os seus 25 anos de existência, o presente e o futuro do evento, com a participação de Sarah Adamopoulos, coordenadora do livro A Cidade do Teatro. A entrada é livre e o encontro decorre no Fórum Municipal Romeu Correia a 3 de novembro às 21h30.
O evento abre com a estreia de Sombrios, de Luís Menezes, com atuação da associação cultural Alpha Teatro, na Academia Almadense, às 21h30. Esta é a história de quatro irmãs que viveram isoladas devido à sua aparência e têm de aprender a sobreviver após a morte dos pais; uma peça focada na marginalização e complexidade das relações familiares. No mesmo dia e local, às 19h30, na Sala de Cinema, os expectadores podem assistir a um momento musical de entrada livre.
A programação teatral desta 25ª edição traz ainda a Almada autores estrangeiros como Samuel Beckett com Dias Felizes, uma viagem deambulatória pelas memórias da protagonista Winnie, ou Anton Tchekhov com a peça Não Vai Haver Mascarados, baseada no texto Três Irmãs ou ainda Federico García Lorca com Público, sobre um diretor de teatro falido a sofrer por uma paixão proibida que cria uma versão alternativa do clássico Romeu e Julieta.
No campo nacional, a Mostra apresenta, entre outros, Joaquim Paulo Nogueira com o Farol, um intenso diálogo entre três personagens que lidam com dramas pessoais, ou Romeu Correia com Jangada, a história de uma família que comprometeu o passado por uma vida melhor, uma comédia em tom sério sobre a ascensão social.
Organizada anualmente pela Câmara Municipal de Almada e os grupos de teatro do concelho, a Mostra está sujeita às atuais regras em vigor motivadas pela covid-19. A reserva de bilhetes é feita através do contacto com o local do espetáculo e a recolha do ingresso pode ser feita até 45 minutos antes da peça.
Para além do Teatro. Uma exposição, um filme, uma conversa e um passeio
Durante toda a Mostra e até 29 de dezembro, no Teatro-Estúdio António Assunção, pode ver-se uma exposição de fotografia documental dedicada aos dez anos do Actos Urbanos – um grupo de teatro comunitário e formação teatral sediado em Almada, aberto à população em geral, com foco na produção de textos originais que destacam as experiências quotidianas da vida urbana.
Nos dias 9, 10 e 11 de novembro, na Academia Almadense, sempre às 21h30, a cidade convida os espectadores para a projeção do filme Como resistir a 233ºC. Este é um conjunto de seis curtas-metragens que acompanham a história de seis personagens obrigados a um confinamento motivado por uma força desconhecida. Os protagonistas tentam manter as suas rotinas e encontram consolo nos livros e narrativas – que ardem a 233ºC, como o papel.
No dia seguinte, a 12 de novembro, realiza-se o lançamento da Revista WOS – Women in Scene, dedicada à voz singular das mulheres no meio, durante a conversa Mulheres no Teatro e na Performance, às 20h, no Fórum Romeu Correia.
Fora de portas, a Mostra organiza um passeio histórico por Cacilhas com Francisco Silva, licenciado em História e mestre em Estudos do Património. Este passeio pela Pré-História e momentos marcantes da História de Portugal, com particulares apontamentos de foco local, é gratuito e realiza-se a 14 de novembro, às 11h.
https://almadense.sapo.pt/cultura/teatro-extremo-estreia-portugal-dos-pequenitos-a-21-de-outubro/