Um restaurante tipicamente português, um bar com todos os cocktails imagináveis e uma discoteca: na Romeira, as noites têm agora princípio, meio e fim.
Quem entra na Esplanada Portuguesa, restaurante que, desde 2020, faz as delícias dos comensais no Mercado da Romeira, não demora a sentir-se em casa. Isto é, se casa for, como para um português de gema, uma bela calçada mesclada ou um quiosque lisboeta, cujo espírito Susana Marques e Paulo “Ganchas” Santos quiseram trazer para esta margem do rio.
Entre pregos, bifes do lombo (com molhos para todos os gostos) e combinados de fondue bem guarnecidos, sem esquecer os deliciosos petiscos, os visitantes do espaço desfrutam das noites quentes e dos longos almoços de verão em família.
“Para nós era essencial apostar na comida portuguesa”, conta Susana Marques. “Vimos aquele espaço, que não estava a ser aproveitado, e quisemos criar um restaurante onde as pessoas pudessem descontrair e petiscar, acompanhadas de uma bebida”. Nesse departamento, a sugestão da casa recai sobre as sangrias que, dos frutos tropicais ao espumante, são também o preferido dos clientes.
Mas este não foi o primeiro espaço que, na Romeira, deu azo à imaginação dos dois sócios. Na verdade, Susana é uma empresária apaixonada por Almada e, depois de um Rock da Bica que animava as noites no lendário centro comercial de Almada, decidiu abrir – junto ao rio Tejo que quase toca o Mercado da Romeira – o Rock d’Rio, bar onde as paredes de pedra fazem lembrar a longa história fabril da cidade.
Da vasta carta de gins aos clássicos cocktails frutados, como a morangoska ou a piña colada, são várias as opções para quem, sentado na esplanada, desfruta de um concerto – no espaço exterior da Romeira, estes acontecem todas as sextas-feiras e sábados – ou aproveita a brisa do Tejo. Não podia faltar uma bebida de assinatura: o Rock d’Rio, em que a vodka se confunde com o sumo de laranja, o genuíno maracujá e uma pitada de canela.
“Acima de tudo, queremos mostrar aos almadenses que é importante valorizar esta margem”, indica a empresária que cresceu na Costa da Caparica. “Se arriscarem, depressa vão perceber que aqui têm tudo. No espaço do Mercado da Romeira podem passar um belíssimo dia, da hora de almoço a altas horas da noite”.
Foi exatamente dessa vontade de viver Almada que nasceu o Luigi, a discoteca de Almada com DJ todas as sextas-feiras e sábados e festa temática dos anos 80 e 90 uma vez por mês. Embora tenha abraçado este projeto em 2022, Susana já não é nova nestas andanças – organiza, desde 2011, festas dos anos 80 e 90 na cidade. No espaço devoluto que agora se chama Luigi, a empresária descobriu um enorme potencial que não pôde deixar passar.
“Este espaço foi um armazém e, quando aqui entrámos, estava devoluto”, lembra. Adquirida por Luiz Nunes, o grande visionário da Romeira, a estrutura que se ia tornar cervejaria acabou por não avançar e voltou ao abandono. “Ao abrir a discoteca, não podíamos deixar de homenagear esse grande homem”, indica Susana. E assim nasceu o Luigi.
Mantendo a atmosfera fabril e os tectos altos, a pista de dança convida à diversão e às saídas em grupo. Já o rooftop, no segundo piso, é o espaço ideal para uma pausa ou para um momento de descontração ao longo da noite.
“Para além das festas temáticas e das noites de DJ, tentamos sempre trazer experiências diferentes”, explica Susana. José Cid foi um dos músicos que já marcou presença no Luigi que, desde a sua abertura em 2022, ainda não parou para respirar. Conhecendo Susana e “Ganchas”, essa vontade de fazer mais e melhor não é nenhuma surpresa.
“Na verdade, o que sempre quisémos foi criar um espaço em que as noites têm princípio, meio e fim”, conta Susana. Entre o presunto e queijo da serra que iniciam a noite na Esplanada Portuguesa ao espaço convidativo do Rock d’Rio, terminando na animada pista de dança, de caipirinha na mão, escusado será dizer que o conseguiram.
Fotos: Bruno Marreiros
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