Com um modelo inovador de funcionamento 24h, a Farmácia Nova da Sobreda conta ainda com novos serviços de proximidade. Em entrevista, a diretora técnica, Ineida Gomes, destaca a importância da parceria com a Joaquim Chaves Saúde e do apoio à população sénior.
A Farmácia Nova da Sobreda adotou recentemente um modelo inovador com um novo horário 24 horas por dia, 365 dias por ano. O que motivou esta aposta?
Somos um serviço de saúde e, como tal, entendemos fundamental estar disponíveis 24 horas por dia para podermos servir a nossa população.
O alargamento do horário vem reforçar a disponibilidade do serviço farmacêutico na margem sul do rio Tejo, sustentada na qualidade da nossa equipa, na conveniência do nosso espaço, na abrangência do nosso portfólio de produtos e serviços, onde se insere o posto de análises clínicas da Joaquim Chaves Saúde. E também a nossa localização estratégica na zona industrial da Sobreda com proximidade à estrada de Vale Figueira, na Quinta do Gato Bravo. Acaba por ser um projeto que fazia falta aqui nesta zona.
Qual tem sido a reação da população ao alargamento do horário de funcionamento?
A adesão tem sido muito positiva, reforçando a importância desta decisão. Somos um espaço de saúde abrangente e todos sabemos que a necessidade de um serviço farmacêutico, de um medicamento ou de um produto de saúde pode surgir quando menos se espera.
Outra situação que importa referir tem a ver com o aumento dos pedidos de entrega ao domicílio através das plataformas – por enquanto na Glovo e em breve também na Uber Eats – precisamente por termos um horário mais alargado. Esses pedidos estão relacionados com necessidades muito relevantes para pessoas que não têm condições de sair de casa. Imagine uma mãe com uma criança pequena doente que precisa de um antibiótico que terminou e não pode deixar a criança em casa sozinha no período noturno.
A entrega através de plataformas também está disponível 24 horas?
Sim, funciona toda a noite.
Como surgiu a ideia de criar um drive-in noturno coberto?
A ideia de ter um drive-in está relacionada com conforto, conveniência e segurança, não só para os nossos clientes, mas também para a equipa. A população sente-se muito mais segura, menos exposta.
Desta forma, no horário noturno, conseguimos tirar proveito do parque coberto que serve, durante o dia, ambos os serviços de saúde — farmácia e posto de colheitas — para um serviço mais personalizado e próximo.
Como surgiu a parceria com a Joaquim Chaves Saúde?
O nosso objectivo é poder resolver mais do que um problema de saúde numa só ida à farmácia.
A Joaquim Chaves Saúde é uma referência na saúde em Portugal, tendo em conta as várias clínicas de proximidade que tem e os vários centros de exame. Para nós era o parceiro natural porque nos permite alargar a prestação de serviços de saúde, com qualidade e segurança, numa altura em que a resposta e o acesso está cada vez mais difícil, em especial na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Que visão partilhada une estas duas entidades e como é que ela se materializa no dia a dia?
Acreditamos que uma equipa multidisciplinar composta por médicos, farmacêuticos, enfermeiros e técnicos de saúde que trabalham em conjunto, de forma complementar, para que todos os utentes tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade e de forma diferenciada.
Neste momento há uma falha na resposta de saúde a cada um de nós e as nossas famílias, com esta solução temos num só local uma equipa que conhece a nossa saúde e que não só nos pode ajudar a tomar conta das nossas doenças crónicas, mas também de situações agudas.
Queremos ter aqui uma equipa sempre disponível para acompanhar e aconselhar, acompanhando a inovação tecnológica, para que as nossas equipas disponham de todos os meios para cada vez mais apostar na prevenção.
Qual é a importância de ter um posto de colheitas integrado na farmácia e qual o horário de funcionamento desta vertente?
É a face mais visível desta parceria e tem demonstrado ser uma aposta ganha. Os nossos clientes valorizam a possibilidade de tratar de mais de um tema de saúde quando vêm às nossas farmácias e num só espaço resolver as suas necessidades, de forma mais conveniente. Desta forma, o utente pode ter o apoio de vários profissionais de saúde numa só deslocação.
Neste momento o horário do posto de colheita é das 8h às 12h e para já não é necessário fazer marcação. O utente pode vir com a prescrição e é atendido por ordem de chegada.
De que forma os serviços de análises clínicas se articulam com os serviços farmacêuticos?
As equipas trabalham em conjunto, sempre com o consentimento do doente. Desta forma, podemos alertar a equipa que acompanha o doente em relação a algumas situações Por exemplo, se num utente diabético que, após análises, se verificar que está com níveis de colesterol não controlados, neste ponto o papel da equipa é fundamental pois alerta para a correção da terapêutica. Desta forma, conseguimos detetar lacunas e alertar.
Que impacto tem esta articulação na continuidade dos cuidados prestados à população?
Ainda estamos numa fase inicial e acreditamos que é possível fazer muito mais. Mas já notamos pequenas melhorias, entendendo o que resulta melhor no aconselhamento e dispensa de medicamentos. Isto é muito importante para o nosso trabalho e para a melhoria da saúde dos nossos clientes.
Como descreveria a relação entre a farmácia e os utentes, especialmente os mais idosos?
O utente idoso encontra nos farmacêuticos, por vezes, os profissionais de saúde mais acessíveis. Além da venda de fármacos, a nossa equipa multidisciplinar de profissionais de Saúde presta informações aos utentes e aos seus cuidadores e monitorizam o uso da medicação, de forma a potenciar a adesão à mesma, fazendo a ponte entre médicos e outros profissionais de saúde.
Há algum outro serviço que considere importante destacar, especialmente pelo impacto que tem tido junto da população sénior?
À data, temos um conjunto de utentes que usufruem do serviço de Preparação Individualizada da Medicação (PIM). A não adesão à terapêutica pode levar a resultados negativos para o utente e a implementação deste serviço constitui um método útil na gestão e adesão à terapêutica, em especial na população idosa e/ou polimedicada.
A nossa equipa de profissionais de saúde tem um importante papel na adesão à terapêutica pelo posicionamento privilegiado de proximidade com os utentes.
Por fim, o apoio dado aos cuidadores tem sido fundamental através da nossa capacidade de ensinar como fazer a melhor gestão possível da medicação do utente idoso, ajudar a aumentar a literacia em saúde e esclarecer acerca dos serviços disponíveis nas instituições de saúde na comunidade almadense.
Que planos têm para o futuro da farmácia e dos serviços que disponibiliza?
Pretendemos consolidar esta primeira fase e aproveitar o nosso espaço para alargar a outros serviços de saúde, no âmbito da parceria com a Joaquim Chaves. Ainda temos espaço na farmácia que podemos aproveitar para trabalhar mais serviços que possamos apresentar aos utentes. O importante é continuar a servir saúde com excelência.
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