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Os animais não são presentes de Natal

Lurdes Soares, vice-presidente da associação Onde Há Gato Não Há Rato                                                                                                                                                      

A taxa de abandono de animais na semana a seguir ao Natal continua elevada. É uma realidade que não podemos ignorar.

 

Em épocas festivas como o Natal é comum a procura de gatos, sobretudo bebés, como prenda. A maioria das pessoas fá-lo porque acha que vai proporcionar alegria ao destinatário da “prenda”.

Por que acho errado a adoção de gatos em tempos festivos, seja natal ou aniversário?

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Em primeiro lugar, porque um animal acarreta despesas, necessita de atenção e cuidados básicos, com vista ao seu bem-estar. Adotar um animal deve ser uma decisão consciente e responsável e nunca uma adoção por impulso.

É preciso avaliar se a pessoa quer mesmo um gato e aquele gato em questão, se está preparada para alterar a sua vida, se tem um emprego estável, se tem casa própria e, não menos importante, se psicologicamente a pessoa está preparada para ter um animal.

A vida é cheia de imponderáveis. Porém, dar um animal a quem está deprimido, desempregado ou triste pode não ser uma boa ideia e, se o resultado for uma devolução, isso não é um imponderável.

De acordo com a World Animal Protection (WSPA), a época de maior abandono de animais de estimação, a nível mundial, é  no período pós-festas em que o animal como prenda é usual.

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Colocando-nos do lado do gato, convém ter consciência que os gatos são animais que stressam com muita facilidade. Ambientes agitados podem dificultar a sua integração.

Os gatos precisam de ambientes calmos. Oferecer ou adotar um gato no Natal, quando estamos mais tensos, a casa está mais barulhenta, em que o frenesim próprio do espírito natalício é maior, pode contribuir para que o animal fique assustado, stressado, possa arranhar e não manifeste o comportamento meiguinho e fofinho que as pessoas esperam.

É verdade que em alguns casos pode correr bem. Porém, a taxa de abandono de animais na semana a seguir ao Natal continua elevada e é uma realidade impossível de ignorar.

Os animais não são objetos. São seres sencientes e, como tal, não devem ser vistos  como um presente.

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Se quer que o seu filho, pais, amigos ou outro familiar tenha um animal, aguarde o fim das festividades, marque uma visita numa associação e deixe que animal e humanos se conheçam. Sempre com a certeza que a integração de um gato pode demorar mais tempo, que um gato vive em média 16 anos, que as despesas com o novo elemento da família vão aumentar.

Boas festas!

 

https://almadense.sapo.pt/opiniao/o-que-tem-feito-almada-no-combate-as-alteracoes-climaticas-e-pela-seguranca-cicloviaria/

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