Juntos, PCP e Bloco de Esquerda perderam mais de 8 mil votos no concelho de Almada, praticamente os mesmos que o PS ganhou.
Os eleitores inscritos em Almada contribuiram para a maioria absoluta conquistada pelo PS, com os socialistas a reforçarem a sua votação no concelho em 8.600 votos, para um total de 41 mil. Nas eleições legislativas realizadas este domingo, dia 30 de janeiro, António Costa conseguiu subir dos 38,9% alcançados em 2019 em Almada para os 45,7% em 2022.
A tendência estendeu-se a todas as freguesias do concelho, sendo que na Caparica e Trafaria o PS obteve a votação mais significativa (51,4% dos votos). Seguem-se o Laranjeiro e Feijó, com 49,2%, e a união de freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, com 45,5%.
Por sua vez, na Costa da Caparica o PS alcançou 42,2% dos votos, enquando que na Charneca de Caparica e Sobreda os socialistas tiveram o resultado menos expressivo, com 41,6%.
Num escrutínio marcado também pela redução da abstenção (votaram quase 60% dos inscritos em Almada), o PSD conseguiu manter-se como a segunda força mais votada no concelho. O partido liderado por Rui Rio subiu dos 15,8% alcançados em 2019 para os 17,5% este domingo (mais 2.522 votos), ainda assim a grande distância do PS. A Costa da Caparica foi a freguesia onde os sociais-democratas alcançaram o melhor resultado, com 22,2% dos votos, seguida de perto pela Charneca e Sobreda (21,9%).
PCP e Bloco perdem mais de 8 mil votos
Tal como no resto do país, também em Almada o voto da esquerda se concentrou no Partido Socialista, o que provocou os piores resultados dos partidos à esquerda do PS dos últimos anos.
Apesar da histórica implantação no concelho de Almada, a coligação CDU (que engloba o Partido Comunista e os Verdes), registou este domingo uma nova erosão nos votos, tendo descido dos 14% obtidos há dois anos para os 9%. Com menos 3.596 votos do que em 2019, os comunistas deixaram mesmo de ser a segunda força em freguesias como Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas ou Caparica e Trafaria.
Ainda assim, a maior hecatombe foi a do Bloco de Esquerda, que perdeu quase metade da votação conseguida em 2019 no concelho. A formação obteve menos 4.519 votos do que há dois anos, descendo dos 11,9% para os 6%. Apesar da quebra, a vereadora bloquista em Almada, Joana Mortágua, conseguiu ser eleita deputada pelo distrito de Setúbal.

À exceção do CDS, também os partidos à direita do PSD reforçaram a votação em Almada, com o Chega a conseguir colocar-se como a quarta força mais votada no concelho, obtendo 7,4% (total de 6.671 votos). Já a Iniciativa Liberal, ficou ligeiramente atrás do Bloco de Esquerda, com uma votação de 5,8% (ou seja, 5.273 votos).
Por sua vez, o PAN recua dos 4,9% obtidos em Almada em 2019 para os 2,2%, enquanto que o Livre sai ligeiramente reforçado, passando de 1,5% para 1,8% no conjunto do concelho.
https://almadense.sapo.pt/cidade/ines-de-medeiros-renova-acordo-com-o-psd-na-camara-de-almada/