Financiamento parte da empresa espanhola Supera, que fica com a gestão do complexo. Projeto vai permitir ao Almada Atlético Clube superar as dificuldades financeiras que hoje enfrenta.
O Almada Atlético Clube deu mais um passo para avançar com o projeto de construção de um novo complexo desportivo, através da compra do terreno onde será construída a infraestrutura à Câmara Municipal de Almada (CMA), atual proprietária do imóvel.
Situado no Pragal, o novo edifício vai contar com três andares de equipamentos desportivos, que incluem piscina e ginásio. O investimento global ascende a 8 milhões de euros e será assegurado pela empresa espanhola Supera, que ficará com a gestão do complexo.
Trata-se de um projeto de grande envergadura, que “vai contribuir para dar vida a uma zona com pouco movimento e criar emprego”, destacou João Vieira, presidente da direção do Almada Atlético Clube, em declarações ao ALMADENSE. Ao mesmo tempo, o acordo garante ao clube uma contrapartida financeira que lhe vai possibilitar “fazer face às grandes dificuldades financeiras” que atravessa.
A verba vai ainda permitir ao clube (que este ano assinala o 76º aniversário) investir no “melhoramento da sua infraestrutura”, sublinha João Vieira. Na calha estão obras no pavilhão, mudanças na iluminação do campo e a substituição do relvado do campo de jogos por um piso sintético, que vai permitir ao clube receber “mais equipas”, assinala o líder da nova direção, que tomou posse em Maio de 2019.
Partidos aplaudem solução
A materialização do projeto é possível graças à aprovação do acordo que permite ao Almada AC comprar à CMA o imóvel onde será construída a nova infraestrutura. De resto, o clube já detinha direitos sobre o imóvel, cedido pela autarquia até 2063.
Aprovada na última reunião camarária (realizada a 3 de Agosto), a operação foi fixada nos 306 mil euros, e será feita através da “figura do ajuste direto”, indicou então a presidente da Câmara, Inês de Medeiros. A autarca justificou a opção com o facto do Almada AC ser “uma instituição desportiva de utilidade pública”, acrescentando que “a inviabilização da venda podia ditar a falência do clube”. Foi, por isso, com “grande alegria” que Inês de Medeiros encarou a solução encontrada, que contou, de resto, com os votos favoráveis de todas as forças políticas com representação na Câmara Municipal.
https://almadense.sapo.pt/cidade/camara-de-almada-quer-instalar-servicos-municipais-no-antigo-edificio-da-antiga-edp/