Sexta-feira, Abril 19, 2024
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TST é a operadora de transporte rodoviário urbano com mais queixas

Número de reclamações aumentou quase 60% no segundo semestre de 2019, algo justificado com o aumento no número de passageiros motivado pela introdução do novo sistema de passes.

 

A Transportes Sul do Tejo (TST) foi a operadora de transporte público rodoviário urbano a acumular mais reclamações durante o segundo semestre de 2019. Nesse período, a empresa recebeu 584 queixas, um número que supera o registado pela Carris (385 reclamações), apesar da operadora que presta serviço na cidade de Lisboa transportar mais passageiros. Seguem-se a Vimeca, com 349 queixas, a Scotturb, com 231 e a Barraqueiro – Mafrense, com 180.

Os dados constam do “Relatório sobre Reclamações no Ecossistema da Mobilidade e dos Transportes”, divulgado esta sexta-feira pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e dizem respeito ao segundo semestre de 2019, ainda antes do início da pandemia de Covid-19.

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A nível global, o número de reclamações aumentou quase 60% face ao primeiro semestre (de 8.713 para 13.694 reclamações), algo que a AMT justifica com o crescimento no número de passageiros motivado pela introdução do novo sistema de passes.

 

Fertagus quase duplica queixas

O incremento nas reclamações estende-se ao sector ferroviário, com a Fertagus a registar um acréscimo no número de reclamações de 93,8% (de 289 para 560). Ainda assim, a CP continua a ser a operadora com mais queixas, acumulando 2.698 reclamações no mesmo período.

Em sentido inverso está o transporte fluvial, com a Transtejo a apresentar uma descida de 28,8% nas reclamações, registando apenas 153, no segundo semestre de 2019, algo que a leva a AMT assinalar a “descida continuada há dois semestres consecutivos” da operadora, que registou 604 reclamações no segundo semestre de 2018.

Finalmente, no que diz respeito ao transporte por metropolitano, o relatório constata que o Metro Transportes do Sul (MTS) registou 15,6 reclamações por milhão de passageiros, à frente do Metropolitano de Lisboa, com 13,9 reclamações por milhão de passageiros.

Os dados reportam às reclamações que foram enviadas à AMT, quer as apresentadas no livro de reclamações dos prestadores e operadores de serviços, físico e electrónico. Do total de 13.693 reclamações, 9.639 foram inscritas em livros de reclamações físicos, 2.804 no Livro de Reclamações Electrónico e as restantes 1.250 tiveram outras origens.

De acordo com o relatório, as principais queixas dizem respeito a “cumprimento defeituoso / cumprimento não conforme com o contrato / incumprimento” (38,1%), “preços / pagamento / bilheteiras” (35,4%) e a “qualidade do atendimento / atendimento deficiente nos estabelecimentos e no atendimento telefónico” (11,1%).

 

Utentes da TST acumulam semanas de “pesadelo”

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