Área Metropolitana de Lisboa quer que TST garanta 40% do serviço
AML pretende que a transportadora que assegura o transporte público rodoviário na península de Setúbal aumente a oferta dos atuais 25% para um mínimo de 40%.
A Área Metropolitana de Lisboa (AML) está a trabalhar junto da Transportes Sul do Tejo (TST) para que a operadora reponha algumas das carreiras suprimidas, de forma a garantir níveis de serviço de pelo menos 40%. A decisão foi tomada na reunião do conselho metropolitano realizada esta quinta-feira e surge no seguimento dos cortes nas carreiras anunciados por vários operadores privados de transporte rodoviário a operar na grande Lisboa.
A AML está, assim, a concentrar esforços para que “todos os operadores rodoviários” reponham, nos próximos dias, os referidos níveis de serviço, de forma a que as necessidades identificadas pelos utentes “sejam suprimidas a curto prazo”, indicou o primeiro-secretário da entidade, Carlos Humberto de Carvalho, em comunicado.
Uma das empresas abrangidas é a TST, que na semana passada procedeu à redução do serviço para apenas 25%, suspendendo todas as carreiras entre a margem sul e Lisboa. Invocando a quebra na procura provocada pela pandemia de Covid-19, a empresa, que assegura o serviço público rodoviário na península de Setúbal, suspendeu o contrato de 545 trabalhadores. Na altura, o recurso ao lay-off foi a fórmula encontrada para “garantir a viabilidade da empresa e manter os postos de trabalho”, disse ao ALMADENSE Rita Lourenço, diretora comercial e de marketing da transportadora, argumentando que a TST enfrenta um “grave problema de tesouraria”.
Por seu lado, a AML garante que tem “cumprido os seus compromissos financeiros com todos os operadores de transportes”, realçando que, no caso do mês de abril, “antecipou inclusivamente os seus pagamentos”, no sentido de evitar situações de lay-off.
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