Maioria dos imóveis vazios localiza-se na União de Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas.
No concelho de Almada há atualmente 8.779 casas vazias, que não estão identificadas como residência principal ou secundária pelos proprietários, revelam os dados dos Censos 2021, consultados pelo jornal ALMADENSE.
A maioria dos imóveis desocupados concentra-se na União de Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, onde foram identificados 3.543 alojamentos sem utilidade. Segue-se a União de Freguesias do Laranjeiro e Feijó, onde há 1.635 imóveis vazios, a Charneca de Caparica e Sobreda com 1.492 e a Caparica e Trafaria com 1.321. Finalmente, a Costa da Caparica é a freguesia onde se encontram menos casas vazias, com um total de 788.
No seu conjunto, Almada conta atualmente com um total de 101 mil alojamentos, dos quais 75 mil foram apontados como residência principal de agregados familiares e 17 mil como residência secundária. A estes, somam-se as quase 9 mil casas que não servem qualquer função habitacional.
Fenómeno estende-se a todo o país
No conjunto do país há 723 mil casas vazias, sendo que grande parte se concentra nas áreas metropolitanas de Lisboa (160 mil) e do Porto (perto de 84 mil).
De acordo com os dados dos Censos, na cidade de Lisboa estão identificadas cerca de 48 mil imóveis vagos, situação que a autarquia pretende reverter. “Temos de pôr os edifícios devolutos a uso, tanto os públicos como os privados”, afirmou a vereadora da Habitação na Câmara Municipal de Lisboa, Filipa Roseta, citada pela agência Lusa. “É um número imenso. A nossa missão no Conselho Municipal [de Habitação] é percebermos como é que vamos convidar os proprietários a virem a jogo”, indicou a responsável, eleita pela coligação Novos Tempos.
https://almadense.sapo.pt/habitacao/rendas-em-almada-estao-completamente-desfasadas-da-realidade/