Sábado, Outubro 12, 2024
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Carris Metropolitana: carreiras com origem na margem sul vão regressar ao Areeiro

Depois das numerosas queixas dos munícipes, Câmara de Lisboa decidiu implementar uma solução provisória que vai permitir o regresso das carreiras entre Almada e a praça do Areeiro.

 

As carreiras com origem na Costa da Caparica e Almada vão voltar em breve ao terminal do Areeiro, garantiu a diretora municipal dos transportes na Câmara Municipal de Lisboa, Ana Raimundo, durante a reunião camarária decorrida esta quarta-feira, dia 27 de julho.

Admitindo que a troca para Sete Rios “não foi feliz”, a autarca assegurou que o município lisboeta vai avançar com uma “solução provisória” que permitirá a reposição das linhas com origem na margem sul ao Areeiro. As novas paragens serão instaladas muito perto do local onde anteriormente estacionavam as carreiras 160 e 161 da TST. Desta forma, regressa também o antigo trajeto, que incluía passagens pela Avenida de Berna e Campo Pequeno.

A promessa surgiu no seguimento da intervenção da munícipe Paulina Chaves Borges, que criticou a supressão das carreiras com destino ao Areeiro, introduzida no passado dia 1 de julho, com o arranque da Carris Metropolitana em Almada. “Neste momento, quem vem da Costa e quer ir para o Areeiro está a demorar mais tempo de viagem e a fazer mais transbordos. As alternativas, como o metro e o comboio, estão congestionadas e sobrelotadas”, afirmou, garantindo dar voz ao descontentamento dos mais de “10 mil passageiros” que diariamente utilizavam aquelas linhas.

Residente na freguesia da Penha de França, Paulina costumava demorar uma hora para se deslocar para o trabalho na Costa da Caparica, tendo que apanhar dois autocarros: um para o Areeiro e outro para a Costa. “Agora demoro 1h45, pois tenho que apanhar quatro autocarros. No total, na ida e volta da Costa para Lisboa —uma distância de 34 km—, demoro cerca de quatro horas, mais do que ir de Lisboa ao Porto de carro”, descreveu a munícipe, durante a sua intervenção na reunião da Câmara Municipal de Lisboa.

Presente na sala, o presidente da Câmara Carlos Moedas (PSD) não teceu comentários sobre a situação, passando a palavra à diretora municipal Ana Raimundo. Por sua vez, a autarca deu “toda a razão” à munícipe, admitindo que o que está a acontecer é “inqualificável”, uma vez que “ninguém merece passar três horas ou mais por dia” em transportes públicos. Explicando que a mudança das carreiras do terminal do Areeiro para Sete Rios foi uma decisão que “começou no Executivo anterior”, liderado por Fernando Medina (PS), a responsável reconheceu que “o terminal de Sete Rios não é uma solução e não pode continuar”.

Como solução, a diretora municipal de transportes da CML explicou que a autarquia decidiu avançar já com uma “medida provisória”, com vista a “resolver a situação de dezenas de pessoas que todos os dias atravessam o rio para ir trabalhar”. Na prática, “os autocarros que neste momento estão a chegar a Sete Rios” serão transferidos para uma zona muito perto do anterior terminal do Areeiro.

Sem adiantar uma data concreta para a implementação da solução provisória, Ana Raimundo transmitiu a Paulina Chaves Borges que o regresso das carreiras para o Areeiro aconteceria no “curto prazo”, possivelmente entre Agosto e Setembro, disse a moradora ao ALMADENSE.

A solução é temporária porque no futuro o que está previsto é que o terminal passe para um novo parque que vai ser construído junto ao estacionamento da EMEL na Avenida Gago Coutinho. “É uma obra que vai ser feita num contrato de delegação de competências que a CML vai fazer com a Junta de Freguesia do Areeiro e que vai avançar”, assegurou a autarca.

 

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5 Comentários

  • Absurdo e incompreensivel o suprimento do trajecto da antiga 127 que ia de Cacilhas para a Fonte da Telha… Agora com a 3012, qual a lógica de ao chegar ao Lazarim passa a entrar na A33 e vai sair na Charneca (rotunda D. Amalia Rodrigues). Então as pessoas que moram na estrada Nacional 377, Lazarim, Quinta da Regateira, Botequim, Palhais… não têm direito a autocarro para a Fonte da Telha a passar como sempre passou nestas citadas localidades? Por que carga de água vai parte do trajecto pela A33?… Querem ver que agora tambem tem paragens ma citada via? Então somos obrigados a ir noutro carro para a Charneca centro e aí ter que esperar pelo 3012… com a perda de tempo que isso representa… Aliás, em relação à perda de tempo, devo dizer que seja onde for a Carris é um desastre… Chega-se a esperar mais de uma hora nas paragens… e nem sempre é o autocarro desejado, por vezes até passam carros que não têm nada a ver com a paragem… caso da 303 502. No passado domingo desde Sete Rios a 3716 não fez o horário das 16h30 e, logo a seguir, não fez a das 17h15. Vi-me obrigado a ter de chamar um carro para chegar a casa… e nas carreiras 3032, 3034, 3035 a passar na Quinta do Texugo, estes então deixam muita gente nas paragens porque simplesmente não aparecem muitas com frequência. Já para não comentar a falta de horários dos mesmos… Seria bom que o horário mostrasse o trajeto que faz. Seria muito melhor e mais fácil perceber onde passam. Qualificar o serviço da Carris Metropolitana na margem Sul. Terei de dizer que é vergonhoso, nem a TST com os problemas que tinha era assim…

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    • Pelo vistos o assunto teve que ser apresentado à Câmara de Lisboa. Almada deve ser uma treta.

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  • Ana Maria Batista

    Foi como tirarem o autocarro 10 que passava no Areeiro e na Praça do Chile na zona de Chelas, Colégio Valsasina… que bastante falta nos faz.

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  • Ana Gonçalves

    Mas não esclarecem: a volta ao Areeiro significa cancelamento de Sete Rios, ou mantêm-se as duas?
    É que Sete Rios também beneficia muita gente, eu prefiro por exemplo.
    Agradeço esclarecimento.

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  • Ana Luisa Teixeira

    Muito transtorno a supressão do 761 da João XXI para a Costa. Inqualificável!

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