De 1 a 30 de novembro, a Mostra de Teatro apresenta encontros, workshops e espetáculos de 19 grupos de teatro, que vão desde o centro de Almada até à Trafaria e à Costa da Caparica.
A cidade de Almada vai ter um novembro repleto de teatro. A partir dia 1 de novembro, a 28.ª edição da Mostra de Teatro de Almada está de volta aos palcos da cidade. Ao longo de todo o mês, 19 grupos de teatro apresentam as suas criações em 26 sessões com obras de autores como Federico García Lorca, Agatha Christie, Henry Miller ou Arthur Kopit.
Esta edição promete uma programação diversificada, trazendo, para além de espetáculos de teatro, sessões para escolas, encontros, oficinas e residências artísticas. Além disso, a Mostra deste ano apresenta também uma sessão especial de cinema, que exibe o documentário “Verdade ou Consequência” de Sofia Marques, com Luís Miguel Cintra.
A festa do teatro de 2024 arranca dia 1 de novembro com “A Balada do que poderia ter sido”, peça dirigida por Joana Sabala, com a participação de 10 atores. O espetáculo, que se apresenta no Auditório Fernando Lopes-Graça, às 21h, representa uma realidade satírica, mas muito representativa da atualida — a Lei da Habitação Comunitária Obrigatória — em que dez desconhecidos são forçados a partilhar casa.
No sábado, dia 2 de novembro, está em cena a criação de Catarina Pé-Curto, “É Meu!”, que traz humor à Biblioteca Municipal José Saramago, no Feijó, sobre “uma disputa rocambolesca entre os vários proprietários pela posse de tudo o que os rodeia – espaços, objetos e espectadores”.
Já nos dias 7 e 8, no Teatro-Estúdio António Assunção, tem lugar a “Dama de Espadas”, uma divertida história que envolve o País das Maravilhas, a Dama de Espadas, a sua irmã, Rainha de Copas e a era dos influenciadores. Também no dia 8 de novembro, e seguindo o tema da tecnologia, o Auditório Costa da Caparica recebe “Deus Pátria e Tik Tok”, de Bárbara Soares e Marco Ferreira, que consiste numa “conferência teatralizada humorística. Porque o assunto é sério. Muito sério”, pode ler-se na programação do evento.
No dia 9, o Clube de Instrução e Recreio do Laranjeiro e o Auditório Fernando Lopes-Graça, acolhem, respetivamente, as peças “E Agora?” e “Com os Pés”. No dia seguinte, 10 de outubro, o Teatro-Estúdio António Assunção apresenta “Cindy”, um espetáculo inspirado na história da Cinderela, com um toque de atualidade. Já no dia 13, às 21h, tem lugar no Teatro Municipal Joaquim Benite “O Dia em que todas as putas foram jogar ténis”, de Artur Kopit. Com seis atores em palco, a peça explora temas como classe, poder e sexualidade, num clube de ténis exclusivo, onde a chegada de um grupo de prostituas num Rolls Royce causa agitação junto dos homens presentes.
O Auditório Fernando Lopes-Graça recebe a 16 de novembro a peça cómica “O Jarrão Chinês”, inspirada no texto de Jean-Pierre Martinez, “Erreur des pompes funèbres en votre faveur”. A história gira em torna de Adão que, após um erro de uma agência funerária, é dado como morto. Enquanto amigos e familiares oferecem condolências à sua esposa Eva, o casal apercebe-se de que Adão é mais rentável desta forma. A hesitação em contar a verdade resulta em revelações inconfessáveis dos vários intervenientes da história.
Para os amantes de Cultura, o Auditório Fernando Lopes-Graça apresenta, no dia 20 de novembro, às 21h, “Do Desconcerto do Mundo”, uma peça que transporta os almadenses ao século XVI, permitindo-lhes conversar com Luís de Camões e visitar alguns dos seus poemas e cartas. Ainda nos dias 20 e 21, no Teatro Municipal Joaquim Benite, sobe ao palco “Parábola”, peça criada pelo Novo Núcleo Teatro e pelo Núcleo de Literatura da AEFCT.
Durante os dias 23 e 24 de novembro, Manu Medina traz ao Auditório Fernando Lopes-Graça a peça “Tullidos”, criada a partir da obra “Final de Partida” de Samuel Beckett. Ainda no dia 24, o Salão de Festas da Sociedade Filarmónica Incrível Almadense recebe “Planeta TI”, uma peça dedicada a crianças e famílias. Através da história de Luísa, uma menina que, ao ter sido desagradável com um colega, acorda num lugar onde tudo é diferente do planeta Terra, a produção ensina sobre empatia, amizade e inclusão. Do mesmo modo, no dia 29, a Biblioteca Municipal Maria Lamas, na Caparica, apresenta “Sou!”, uma peça também destinada a crianças, com uma sessão exclusiva para escolas do primeiro ciclo e pré-escolar.
Nos últimos dias do mês, 29 e 30 de novembro, cinco atores sobem ao palco do Casino da Trafaria com “Conversas de Café”, um espetáculo que retrata desde os diálogos mais comuns, como os “dos namorados em eterno desentendimento” até às conversas mais confusas, como “as do ator vedeta de bairro, que na ânsia de querer representar outros papeis, não representa nenhum”, refere a organização. Também no dia 30, a Arte 33 apresenta, em comemoração ao 50º aniversário da Revolução do 25 de abril, a sua versão de “A casa de Bernarda Alba”, de Federico García Lorca, no Salão das Carochas.
De forma a concluir a programação desta nova edição, o Teatro-Estúdio António Assunção apresenta, ainda no dia 30, “O Sorriso aos Pés da Escada”, de Henry Miller. A peça conta a história de Augusto, um palhaço que decide abandonar o seu circo e a fama em busca daquilo que o faz realmente feliz.
Organizada pela Câmara Municipal de Almada, em parceria com os grupos de teatro locais, a 28ª. Edição da Mostra de Teatro de Almada tem como objetivo dar palco à produção teatral, ao mesmo tempo que possibilita que a cidade de Almada seja novamente a casa do teatro. O programa detalhado do evento pode ser consultado aqui.
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