Novo espetáculo de Rodrigo Francisco faz uma releitura do clássico “Ma Rainey’s Black Bottom”, de August Wilson, tendo como cenário a Margem Sul.
“A Bunda Preta da Chuvinha” é a nova criação que a Companhia de Teatro de Almada traz ao Teatro Municipal Joaquim Benite já a partir de 8 de novembro. Com inspiração em “Ma Raney’s Black Bottom”, do dramaturgo August Wilson, um texto que explora a difícil realidade dos músicos de jazz afro-americanos nos Estados Unidos durante os anos 20 que, entre discriminação e pobreza, desemboca numa inevitável revolta.
Aqui, a balada é da Margem Sul e “Chuvinha” é o nome artístico de uma cantora que se expressa entre o afro-beat e o hip-hop. “Estamos num estúdio de gravação e, para desespero dos produtores, a própria Chuvinha tarda em chegar à sessão: será que vai comparecer? Os músicos que a acompanham já estão a postos, e vão-se entretendo com picardias entre si”. É desta forma que tem início o novo espetáculo, descreve a Companhia de Teatro de Almada (CTA).
Com texto e encenação de Rodrigo Francisco, “A Bunda Preta da Chuvinha” explora a construção da identidade de jovens crescidos nas periferias e que encontram na música uma possibilidade de sonhar com outros horizontes. “Os seus heróis são os músicos anti-sistema cuja imagética reproduzem como podem — e que não fazem mais do que instigá-los à revolta, sem lhes apontarem caminhos”, acrescenta a CTA.
A peça conta com música tocada ao vivo, da autoria de Afonso de Portugal, que também tem presença em palco. Protagonizada pela atriz Djucu Dabó, conta ainda no elenco com Anilson Eugénio, Diogo Bach, Duarte Grilo, Erica Rodrigues, Ivo Marçal, João Cabral, João Farraia e Pedro Walter.
O espetáculo está em cena de 8 de novembro a 1 de dezembro na sala principal do TMJB, de quinta a sábado às 21h e ao domingo às 16h. Os bilhetes custam 13 euros, com desconto para jovens e seniores, e podem ser adquiridos na bilheteira do teatro ou online.
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