SMAS de Almada com prejuízo de 1,5 milhões de euros em 2022
Na base do resultado negativo está o “aumento significativo da despesa com energia”, justificou José Pedro Ribeiro, presidente do Conselho de Administração dos SMAS.
Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Almada registaram em 2022 um prejuízo de 1,5 milhões de euros. A informação foi fornecida por José Pedro Ribeiro, presidente do Conselho de Administração dos SMAS, durante a prestação de contas realizada na reunião camarária extraordinária que decorreu na segunda-feira, dia 24 de abril.
A justificar o resultado negativo está, segundo o responsável, o “contexto externo”, nomeadamente a “inflação causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia”, que provocou um “aumento significativo do preço da energia”, explicou.
Este aumento dos custos, nomeadamente do preço dos combustíveis e dos produtos químicos para as ETAR’s, foi “superior a 5,5 milhões de euros face a 2021″, referiu José Pedro Ribeiro, admitindo que a situação “condicionou significativamente a gestão dos SMAS”. Apesar deste contexto, o responsável acredita que no ano passado os SMAS se reafirmaram como um “serviço com equilíbrio e rigor de gestão, com responsabilidade social nas respostas à população do concelho, sem afetar aquilo que deve ser o princípio que deve nortear o serviço público que é a sustentabilidade ambiental”.
No que diz respeito aos números globais registados no ano passado, a receita global dos SMAS cifrou-se em 26,8 milhões de euros, indicou o responsável. Quanto à despesa total paga, foi de 32,2 milhões de euros, o que incluiu um investimento executado de 5 milhões de euros.
Sublinhando que os serviços de abastecimento público de água no concelho de Almada têm neste momento mais de 108 mil contratos em vigor e contam com 460 trabalhadores, José Pedro Ribeiro frisou igualmente que “a privatização dos SMAS não está nos planos” da autarquia.
O prejuízo não foi certamente pelos preços praticados. Quando se paga mais de saneamento do que de água consumida….. A guerra na Ucrânia serve um pouco para tudo como já se percebeu. A Ucrânia era afinal o centro de produção de todos os produtos do mundo e pelos vistos ninguém sabia.
Na minha opinião, e este comentário é só mesmo uma opinião, se houvesse vistorias a obras e mesmo ao consumo doméstico, poupariam uns trocos valentes!
Mesmo com denúncias, não intervêm! Segundo a minha experiência, é visível o consumo doméstico usado para obras, aqui e ali! Contadores que são virados pra contagem decrescente. Torneiras antes do contador… Obras públicas de “abrir e fechar” o mesmo local duas vezes no mesmo ano. 2 colaboradores a trabalhar e 5 a supervisionar… Assim é fácil perceber a razão do prejuízo! Entre outras que o comum dos munícipes nem consegue observar, porque não se sabe onde começa e acaba a responsabilidade dos SMAS.