Celebração de boas-vindas ao bom tempo é organizada desde 1992 e tem como ponto central a construção da “Maia” – uma boneca de palha vestida de branco e enfeitada com flores e espigas.
Na manhã do próximo dia 1 de maio, o Largo da Romeira e o Jardim da Cova da Piedade voltam a receber a tradicional Festa da Maia. Inspirada nas práticas das mulheres algarvias que, há mais de um século, transportaram esta celebração até às “vilas operárias” erguidas em redor das fábricas de cortiça de Almada, a iniciativa promete manter vivo o rito de boas-vindas ao bom tempo.
Organizada pela União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas em colaboração com várias associações locais — entre as quais o Centro de Arqueologia de Almada (CAA) —, a festa recupera a tradição de construir a “Maia” – uma boneca de palha vestida de branco e enfeitada com flores e espigas. A primeira réplica moderna, criada em 1992 por Amélia Albuquerque, a “mãe da Maia”, introduziu fios de ouro no vestido, simbolizando a esperança de prosperidade trazida pelos migrantes algarvios.
Para além da exibição da “Maia”, os visitantes poderão assistir a oficinas de coroa de flores, ouvir contadores de histórias sobre a deusa Maia Maiestas e participar em grupos de dança tradicional. A decoração de ramos e colheitas sazonais completa uma programação pensada para todas as idades.
Expressão de uma tradição que muda consoante a região, a Festa da Maia assume-se como ponto de encontro intergeracional e afirmação da história local, espelhando “as migrações que acompanharam a industrialização que marcou profundamente este território desde meados do século XIX a meados do século XX”, refere o CAA.
Confira o programa: