Estuário Colectivo traz nova edição do “Contrasto” a Cacilhas
Espetáculos que misturam diferentes expressões artísticas, workshops e atividades para crianças confluem no Contrasto, cujo princípio é “identidade é diversidade”.
Do punk à música africana, passando pelo cante alentejano: no próximo sábado, dia 28 de outubro, todos os estilos vão confluir na rua António Nobre, em Cacilhas. É a terceira edição do “Contrasto”, uma iniciativa promovida pelo Estuário Colectivo que pretende fomentar os laços entre a comunidade local.
Nos vários espaços onde decorre o evento —jardim, ringue e recreio— há lugar para uma diversidade artes, da música à dança e ao artesanato, uma vez que objetivo é “misturar o máximo de coisas e estilos diferentes”, como conta ao ALMADENSE Diogo Salvador, membro da organização.
Os visitantes poderão assistir aos concertos com dança do grupo Vozes do Mindelo (20h), que traz a Cacilhas a música popular caboverdiana, ou Miss Manouche (18h30), que apresenta o ritmo do gipsy jazz cantado em português. Antes disso, podem participar numa aula aberta de dança dinamizada pelo Blues&Swing de Lisboa, que começa às 17h45.
Da programação, destaque ainda para a atuação de Hadessa (que junta a música interventiva às influências do blues, jazz ou hip-hop), do Grupo Coral Amigos do Alentejo do Feijó, do grupo de dança The Future Iz Us e ainda para a atuação de António Boieiro.
Na sua terceira edição, o evento terá um novo espaço junto à rampa de skate, dinamizado pelo coletivo Tundra. Da parte da manhã, vai contar com workshops e atividades dirigidas aos mais novos, como a conversa “Horta à Porta”, que decorre das 11h às 13h. A partir das 17h30, começam as atuações de diversos DJ, que se prolongam até às 23h.
Das 10h às 18h tem ainda lugar o mercado local, onde vários artesãos e criadores vão apresentar os seus produtos. Ao mesmo tempo, para fomentar os espaços de partilha, decorre no mesmo horário o “Play On!”, um mercado de troca de brinquedos. Ali perto, na galeria de arte Irmã Feia, será inaugurada a exposição “bandeira branca”, onde vários artistas trabalham sobre o espaço vazio.
Além disso, o “Contrasto” pretende também promover o comércio local, já que o foco “são as pessoas do bairro”, como refere Diogo Salvador. O objetivo é “juntar tudo numa só festa, num formato um pouco improvável”, conta.
Organizado pelo Estuário Colectivo, uma comunidade formada por moradores de Cacilhas em 2018 que aposta na arte, educação e ambiente para cultivar a partilha entre a comunidade local, o “Contrasto” conta com o apoio da União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas. Confira o programa completo:
Com Mariana Vaz de Almeida
Fotos: Bruno Marreiros