CMA garante que vai continuar a assegurar o fornecimento de refeições e a acompanhar os moradores desalojados no seu percurso para a autonomização.
A Câmara Municipal de Almada (CMA) desativou esta terça-feira, dia 15 de abril, a zona de acolhimento temporário que tinha instalado na Escola Secundária Anselmo de Andrade para receber os moradores desalojados do Cais do Ginjal. “A CMA encontrou respostas temporárias de emergência, mais adequadas, para 18 pessoas que ainda precisam de apoio”, referiu a autarquia em comunicado enviado às redações.
A Zona de Concentração e Apoio à População (ZCAP), instalada para acolher temporariamente os cidadãos deslocados do Cais do Ginjal tinha sido criada na quinta-feira passada no contexto da “Situação de Alerta”, decretada devido à degradação do estado da zona.
Apesar do encerramento da ZCAP, a CMA garantiu que vai continuar a assegurar o fornecimento de refeições e a acompanhar estas pessoas no seu percurso para a autonomização, enquanto durar a atual Situação de Alerta.
O Serviço de Apoio e Atendimento Social da autarquia mantém-se em funcionamento e em articulação com outras entidades competentes. A Câmara sublinha ainda que esta solução foi sempre encarada como temporária e que respeitou os critérios definidos na Lei de Bases da Proteção Civil.
Recorde-se que a circulação de pessoas no Cais do Ginjal, em Cacilhas, se mentém interditada pelo menos até ao próximo dia 1 de maio, podendo essa medida ser prolongada, consoante as soluções que venham a ser implementadas até essa data.
De acordo com a presidente da Câmara Municipal de Almada, o avançado estado de degradação desta área, aliado às avaliações técnicas realizadas pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, levou à necessidade de restringir o acesso ao local.
Para garantir que a interdição é cumprida pela população, a CMA instalou no Cais do Ginjal dois portões (um do lado do terminal fluvial e outro do lado do restaurante “Atira-te ao Rio”), que só deverão ser retirados quando se restabelecer a circulação com segurança.
“Não temos solução de longo prazo”: após saída do Cais do Ginjal, moradores pedem respostas