Abalo de 4,7 na escala de Richter fez-se sentir por volta da hora de almoço, apanhando de surpresa muitos residentes de Almada.
“Estava na cozinha e senti imenso. Ainda estou com a adrenalina cá dentro”, contou Catarina Freitas ao ALMADENSE, minutos depois de sentir o abalo sísmico que se fez sentir esta segunda-feira e teve epicentro a poucos quilómetros de Almada. “Primeiro pensei que era a vibração do metro, porque estava a passar”, contou a residente da Ramalha, que cedo se apercebeu da real situação. “Os vidros começaram a abanar e percebi que era um terramoto. Fui para debaixo da porta e vi a televisão toda a abanar. Também ouvi os copos a bater uns nos outros nos armários da cozinha”.
O abalo de 4,7 na escala de Richter foi registado às 13h24, cerca de 14 quilómetros a oeste-sudoeste de Seixal, incidindo especialmente na Margem Sul. É o segundo sismo desta magnitude a fazer-se sentir na Área Metropolitana de Lisboa em menos de um ano, após o abalo de 5,3 na madrugada de 26 de agosto do ano passado. “Desta vez, como estava acordada, teve outro impacto”, diz Catarina.
Já Ester Rosa estava em casa, um primeiro andar em Cacilhas, quando sentiu o abalo. “Foi a primeira vez que senti um sismo. Parecia que estavam a arrastar algo gigante no piso de cima, como se a casa fosse partir. Tipo um camião gigante. Foi um susto grande. Acho que demorei uns segundos a perceber. Depois liguei para os meus filhos que estavam na escola, felizmente estavam bem”.
Proprietário do cabeleireiro e café “Os Bárbaros”, em Cacilhas, Paulo Fraga estava no estabelecimento quando se deu o tremor. “Hoje estou com a loja fechada e vim limpar. Estava atrás do balcão a organizar a agenda e, de repente, senti tudo a vibrar, as taças e os candeeiros a abanar”
Apesar do susto, de acordo com a Proteção Civil não há registo de vítimas ou de quaisquer danos materiais. Especialistas apelam à calma e alertam para a possibilidade de réplicas nos próximos dias, podendo algumas vir a ser sentidas pela população.
O sismo fez-se sentir por volta da hora de almoço, apanhando muitos de surpresa. Foi o caso de Jéssica Souza, moradora na Charneca de Caparica, que confessa não ter ganho para o susto. “Senti o sismo quando estava a almoçar, foi uma sensação confusa e assustadora. O meu primeiro pensamento foi sair de casa porque tudo tremia muito e também fazia muito barulho”.
Magnitude do sismo atualizada a 20/02/2024, às 14h30, com informação disponibilizada na nota do IPMA de 19 de fevereiro.
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