Volume reúne entrevistas e crónicas escritas por Eduardo M. Raposo ao longo de mais de 40 anos de carreira. São retratadas várias figuras da cultura e história contemporânea de Portugal, com um foco particular na região e personalidades do Alentejo, de onde o autor é natural.
O Auditório António Rodrigues Anastácio, na Charneca de Caparica, será palco na próxima sexta-feira, 28 de março, do lançamento do livro “À Soleira da Porta: Quatro Décadas de Jornalismo – Entrevistas, Crónicas e Outras Estórias Transtaganas”, da autoria de Eduardo M. Raposo. O evento tem hora de início prevista para as 18h30 e será apresentado pelo também jornalista Pedro Tadeu, numa sessão que conta com a presença de várias outras figuras do mundo da informação, tais como António Nabo e José Manuel Castanheira.
A obra, publicada pelas Edições Colibri, reúne num só volume várias entrevistas e crónicas escritas por Raposo ao longo de mais de 40 anos de carreira, refletindo sobre figuras marcantes da cultura e história contemporânea de Portugal, com um foco particular na região e personalidades do Alentejo, de onde o autor é natural. Para além de registar conversas com pensadores, artistas e intelectuais, o livro recupera ainda acontecimentos e debates muitas vezes esquecidos, contrariando modas e preconceitos que tendem a obscurecer determinados episódios e protagonistas da sociedade portuguesa.
A apresentação arranca com a leitura de excertos da obra por Pedro Tadeu, António Nabo, José Manuel Castanheira, Eugénio Alves e Ana Paula Amendoeira, que contextualizam a trajetória do autor. Haverá também um momento de poesia, a cargo de Ana Pereira Neto.
Pedro Tadeu destaca a importância do livro não só pelo seu valor documental, mas pela forma como Raposo hierarquiza os temas e dá voz a quem, por vezes, se vê afastado da memória coletiva. A identidade alentejana do autor também assume um papel central na obra, como sublinha António Nabo, diretor da Folha de Montemor, ao afirmar Eduardo M. Raposo como um cronista da cultura regional. “As crónicas têm esta região como objeto e os alentejanos como pano de fundo, onde quer que eles estejam. Podem estar a cantar em Paris ou em Almada, mas nem por isso são menos alentejanos do que aqueles que vivem na Cuba, em Castro Verde ou em Nisa. (…) Eduardo Raposo é um destes alentejanos”, pode ler-se nas notas de apresentação do livro.
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